
A Marinha do Brasil já havia emitido um alerta, pedindo que os banhistas evitassem o mar, a pesca e atividades físicas na orla carioca no domingo. No entanto, mesmo na segunda-feira, 6, as águas permaneceram impróprias para banho, com ondas alcançando até 3,5 metros de altura. O que causou essa ressaca intensa com ondas de até 5 metros na região?
As ondas gigantes foram resultado de um ciclone extratropical formado no Oceano Atlântico Sul. Esse fenômeno desencadeou tempestades com ventos de até 60 km/h, pressionando as águas até a beira da praia. O ciclone extratropical ocorre quando massas de ar quente e frio se encontram, gerando intensos ventos e chuvas.
O professor de engenharia costeira da Coppe/UFRJ, Paulo Rosman, explica que o ciclone é uma estrutura de vento rotativa, e a força do vento influenciou diretamente na formação das ondas. Os efeitos desse fenômeno não ficaram restritos ao Rio de Janeiro, afetando diversas partes do Brasil e causando ressacas em diferentes estados.
No Rio de Janeiro, um adolescente de 16 anos desapareceu após a ressaca no mar no domingo pela manhã, levando a uma busca intensiva que foi retomada na segunda-feira. No litoral gaúcho, as águas provocaram desmoronamento do calçadão em Capão da Canoa e invasão da Avenida Beira-Mar em Torres, danificando estruturas locais.